quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

RoboCop 3





Robocop 3 é o capitulo mais inferior da trilogia iniciada em 1987, mas tem sua parcela de acertos. Quando convergem na parte técnica, as cenas de ação são extremamente caprichadas merecendo parabéns a toda equipe de produção que se envolveu em fazê-las, só que o louvor fica só nisso. Determinada em acabar com a criminalidade de Delta City, as autoridades locais contratam um grupo de policiais que tem como principal objetivo “limpar” a escória ou qualquer mendigo das ruas da cidade. Temos ainda a introdução de uma nova personagem chamada Nikko (Remy Ryan). Ela perde os seus pais no momento que os policias tentam acabar com os criminosos ou qualquer pessoa que exiba um traço de pobreza. Só que não existe progressão dramática incutida. O fato de uma criança perder os seus pais logo cedo, deveria despertar nela uma forte tristeza, só que esta menininha já está altamente recuperada em questões de segundos, não demonstrando nenhum lampejo de lágrimas.


Não existe subtramas para a curta história. A maneira que foi encontrada para preencher o tempo da fita foi uma quantidade alta de cenas de ação. No filme de Paul Verhoeven existia essa quantia, mas contudo entrelaçava com os momentos dramáticos da narrativa, aqui não se pode dizer o mesmo, já que a morte da policial Anne Lewis (Nancy Lewis) é extremamente mal feita em decorrência da má atuação da atriz. Interessante observar que ela só aceitou participar do terceiro capitulo se sua personagem morresse. Deve ter encarado seus poucos dias de filmagens no set como se estivesse de férias, já que não existe encenação dramática quando ela morre. A partir daí, o objetivo de RoboCop durante toda a projeção é vingar a morte da parceira como se não existisse outros problemas para se preocupar . Devo elogiar o trabalho do britânico John Castle que talvez tenha sido o único ator que levou a sério esse filme. Se McDaggett não deu tudo que podia oferecer, essa culpa se deve aos roteiristas Frank Miller e o diretor Freed Nekker, não ao ator. Por fim RoboCop 3 acaba sendo um estudo interessante para quem sonha um dia fazer um filme de ação de baixo orçamento. Talvez o roteiro não tenha ficado primoroso em motivo da pressa, pois começou a ser rodado poucos meses depois do lançamento de RoboCop 2.

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