quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Quando um Homem é Homem ( Mclintock! )




Michael Wayne (1934-2003) era o filho mais velho de John Wayne, fez faculdade; mas a sua vontade era trabalhar na empresa do pai, a Batjac, que enveredou em 1961 e teve o seu primeiro trabalho como produtor de maneira relevante  em "Quando Um Homem é Homem", que contou também com o roteirista preferido de John Wayne, Edward James Grant. É um bom filme, com ação e humor na medida certa, só que com uma história facilmente esquecível. O fato de não ter atores canastrões contribui muito.

Mclintock( John Wayne) é quem praticamente manda na cidade, com todos os seus habitantes o encarando  como uma autoridade. Se um dos focos era esse, seria coeso o roteirista Edward James Grant ter dado
um foco mais tridimensional já que iria fazer muito bem ao filme. É uma película que tem basicamente uma estrutura unidimensional. Embora essa escolha não estrague a qualidade, de certa forma tira um
pouco da ambição que a película poderia ter tido.
Na época foi vendido como o filme com maior número de dublê usado em uma cena. O filme estreou em novembro de 1963, mês em que John Kennedy morreu e que não se falava em outra coisa, só que aparentemente a bilheteria não foi prejudicada em virtude disso.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sorte de Verdade (The Lucky Texan)





O diretor norte-americano Robert N. Bradbury dirigiu 93 filmes sem contar os curtas metragens. "Sorte de Verdade" também contou com a produção de Paul Malvern que produziu 92 filmes entre 1929 a 1950 e começou na indústria bem por baixo, como dublê de filmes mudos.  A Lone Star era uma das várias produtoras independentes que existiam na época e seus filmes foram uma das fontes de renda do jovem John Wayne,  até se firmar como astro em "No Tempo das Diligências"(1939) de John Ford. O desenvolvimento dos personagens é um pouco superficial, o que se destaca são as cenas de ação, todas muito bem filmadas e planejadas. Na história, acompanhamos a chegada de Jerry Manson(John Wayne), que decidi morar com um velho conhecido seu desde a infância, Jake Benson(interpretado por George "Gabby" Hayes que na época estava na faixa dos 40 anos e interpretou um senhor de idade. Dá facilmente para o expectador reconhecer que o ator é bem mais jovem que o personagem).
 
Robert N. Bradbury, como realizador, tenta embutir muita ação só que as cenas de romance não tem uma boa sintonia fazendo com que essa parte da história não fique na memoria. A atriz Barbara Sheldon faz um bom trabalho nos convencendo na incorporação da personagem Betty Benson. Esse foi seu único filme como atriz que antes fez curtas metragens e figuração, depois disso teve o azar de não conseguir mais papeis e se retirou da indústria.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Curiosidades sobre Um Tira da Pesada






Inicialmente teria Mickey Rourke como protagonista, só que os atrasos em finalizar o roteiro e na época, ele sendo um ator requisitado fez com que ele desistisse do papel. A produção chegou a pagar 400 mil dólares apenas para que ele não desistisse de protagonizar o filme enquanto finalizavam o roteiro .

Sylvester Stallone passou um bom tempo envolvido no projeto. Inicialmente seria o protagonista e fez várias alterações no roteiro para que ficassem do seu agrado. Só que, quando a Paramount leu o script seria um filme  com orçamento de 20 milhões. Era uma verba que o estúdio não queria pagar,então tentaram arrumar um jeito de desligar Stallone da produção.
 
A primeira cena do filme foi a primeira cena gravada.
 
Foi o primeiro filme de Gilbert Hill, que na época trabalhava no departamento de polícia e não tinha objetivo em ser ator. O diretor Martin Brest o conheceu quando visitava locações e percebeu que ele
tinha uma fisionomia diferente, uma espécie de Eddie Murphy envelhecido.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Criando a mitologia de Frankenstein




Mary Shelley nasceu em Londres no dia 30 de agosto de 1797 e teve como principal inspirações literária, seus próprios pais que eram escritores de renome. Seu pai tinha mais reconhecimento pelo seu trabalho no século 18, mas continuou mantendo uma boa posição até o nascimento da sua filha. Mary Shelley morreu de um tumor cerebral no ano de 1851 e talvez não tivesse ideia do impacto cultural que sua obra teria no mundo. Desde criança ela gostava de escrever e tinha isso como o hobby de infância. O britânico James Wallack (1794-1864) foi um dos primeiros atores a encenar o monstro, sua performance foi vista por Mary Shelley na Englis Opera House em Londres no ano 1823 e aprovada com louvor. Só que o primeiro ator que daria vida cinematográfica ao monstro seria o norte-americano Charles Ogle (1865-1940).  Dono de uma extensa filmografia de 325 filmes o ator americano não ficaria tão conhecido, até quando o alemão Max Schrek
(1879-1936)  ganhou um filme inspirado na sua vida. "A Sombra do Vampiro" (2000) é uma homenagem de Tim Burton no filme "Batman - O Retorno (1992) dando o nome do ator a um dos personagens do filme,  só que a pessoa que se consagraria no papel seria justamente um britânico chamado William Henry Pratt cujo nome artístico era Boris Karloff. 



O ator fez dezenas de filmes mas aparentemente não conseguia se sustentar em cima só disso. Passou um bom tempo sendo um ator freelance até Frankenstein(1931). Com a crise econômica iniciada em 1929 os norte-americanos iam ao cinema atrás de um lado mais sombrio da vida. Isso fez com que o filme do diretor britânico James Whale fosse muito bem recebido tanto pelo público quanto pela critica. E como tudo que dá dinheiro gera continuações,  de 1931 até 1948 a Universal produziu 8 filmes sobre Frankenstein. Com o sucesso do primeiro Frankenstein da Universal, o estúdio deu controle criativo a Boris Karloff "No Filho de Frankenstein"(1939).Acredito que a melhor adaptação da obra tenha sido "Frankentein de Mary Shelley"(1994) dirigido pelo britânico Kenneth Branagh onde tem direção de arte e condução do drama esplendorosamente.