segunda-feira, 13 de maio de 2013

Querida , Encolhi as crianças ( Honey, I Shrunk the Kids)


No dia 28 de Maio de 1933 através de um texto no The New York Times, foi descoberto que as crianças costumam carregar três vezes mais emoção assistindo um filme, que um adulto. Isso foi um estudo proporcionado através das tecnologias da época. Quando assisti esse filme no SBT foi muito impactante, coisa que hoje adulto o filme não conseguiria mais extrair de mim. Na história um cientista chamado Wayne( Rick Moranis) tem como principal inspiração Albert Einstein e quer construir uma máquina capaz de fazer qualquer produto diminuir de tamanho (ambicionando obviamente ganhar o Nobel , em cima de sua invenção ). Só que as coisas dão errada e seus filhos e vizinhos acabam sendo vitimas do experimento.

Rick Moranis, se aposentou em meados dos anos 90 para cuidar dos filhos já que sua esposa havia falecido. O que se tem da sua persona hoje como ator é apenas um espirito saudosista, já que o ator exibi uma certa dificuldade em exibir dramaticidade para esse e qualquer personagem que já tenha interpretado (pelo menos que tenha visto). E claro, em nenhum momento acreditamos que Wayne esteja estruturalmente abalado por ter feito seu sonho científico abalar a vida dos seus filhos.

Contudo os atores Amy O Neill e Thomas Wilson conseguem injetar as melhores qualidades no filme. Ambos atores carismáticos que exibem fisionomia dramática no momentos necessários. Sem falar que as cenas em que estão miniaturizados na beira da “selva”, que não é nada mais que o jardim da própria casa deles. É extremamente realista graças a todo o cuidado da direção de arte em fazer tudo aquilo ser palpável. A cena da formiga enaltecidamente grande e realista é um exemplo de como para nós um inseto desses não significa nada, mas para eles significa uma dimensão de perigo, o que acaba sendo transmitindo para o telespectador também. O que de fato esses momentos da narrativa em que estão miniaturizados merecem aplausos, é pela imersão de perigo e devaneios que a produção transmiti para o público.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Os Vilões da nova trilogia de Star Wars

                                                                    Darth Maul

Darth Maul, é uma verdadeira caracterização do que representa maldade. Não pela suas ações, já que se for julgar por isso em si, é um mero capanga de Palpatine. No Universo expandido chegou a sobreviver aos eventos de “A Ameça Fantasma “ como é mostrado no desenho de animação em CGI “Guerras Clônicas” de Dave Filoni. Só que acabou sendo morto pelo seu ex-mentor através de lampejos de eletricidade. Também há relatos que durante o período do Império ele tenha ido se vingar de Obi-Wan em Tatooine. Desde cedo foi criado para ser uma máquina de guerra e existem relatos de que houve uma certa pressão dos fãs para o Sith aparecer no segundo episódio “Ataque dos Clones”, só que George Lucas se manteve relutante em não abraçar essa ideia .


Conde Dooku já foi um cavaleiro Jedi e discípulo do Mestre Yoda. Se a ideia da Disney do Spin-Off de Yoda se realizar, o personagem certamente aparecerá jovem em algum momento da série. Não foi o mentor das guerras clônicas, mais foi o grande líder da Confederação do Comércio durante os três anos de conflito. Nas cenas não utilizadas de “A Vinganças dos Siths” que foram cortadas na sala de edição ou ainda no script havia uma cena chave onde Palpatine sendo “refém”, avisa ao seu aprendiz que seus crimes serão perdoados quando se tornar Imperador, dando um golpe na república , antes de Anakin e Obi-Wan emergirem no andamento da cena. Quando foi vivido pelo lendário britânico Christopher Lee pela segunda vez, praticamente todos os seus movimentos tiveram que ser feitos pelo seu dublê, inserindo-se o rosto de Lee digitalmente .



Conde Dooku


General Grievous foi apresentado ao público na série de TV de Genndy Tartakovsky Guerras Clônicas na série sua caracterização era bem mais ameaçadora surgindo em cena e matando vários cavaleiros Jedi de forma extremamente cruel e ameaçadora . Sua caracterização em “A Vingança dos Siths” ficou muito a deve em parte porque empregaram um certo tom cômico ao personagem e por ser um filme com um sobrepeso muito grande de coisas para serem contadas em pouco tempo . Está na lista de candidatos da Disney a ganhar spin-off já que uma das coisas determinadas pelo estúdio é de ser um personagem conhecido do grande público . Nas HQs existem várias cenas que ficariam bonitas no audiovisual como jovens cavaleiros Jedi se tornando seus reféns . George Lucas foi quem determinou sua criação e seu visual já que ele queria uma espécie de gênese do que Anakin veria se tornar .

General Grievous

Corrida Maluca ( Wacky Races)




“A Corrida Maluca” é uma grande caracterização de devaneios que os desenhos animados nos proporciona. Os desenhos da empresa Hanna Barbera tem um preenchimento constante de fantasias. Alguns já vivenciaram películas cinematográficas como “Os Flintstones – O Filme”, sendo precedido por“Os Flintstones em Viva Rock Vegas”. A Warner Bros vem estudando desde 2009 a possibilidade de adaptar “Tom e Jerry” primeiro desenho monitorado pelos empresários da empresa Hanna-Barbera .

Só que foi no dia 14 de setembro de 1968 que foi lançado “A Corrida Maluca” que durou apenas 34 episódios e duraria menos de dois anos no canal CBS. Foi nessa série que surgiu o carismático vilão Dick Vigarista. Rapidamente reconhecemos seu caráter graças a sua fisionomia sombria. O personagem faria tanto sucesso entre o público que rapidamente foi empurrado a ter um destaque mais amplo na sua série “Máquinas Voadoras”.

O grande fator de entretenimento é justamente a irrealidade, fazendo junção ao carisma dos benditos pilotos de corrida. Foi lançado um comercial pela empresa Peugeot mostrando um aperitivo de como seria se fizessem uma adaptação live – action da série, mostrando de forma clara que sairia cara (em termos orçamentários). Talvez o que tenha impedido os estúdios durante todo esse tempo de adaptar essa série, tenha sido questões simplistas e essenciais a qualquer filme: O roteiro. A série não oferece facetas suficientes para mostrar aquele universo do ponto de vista de vários ângulos, tendo em vista vencer uma corrida de carros. Outro empecilho, se deve ao fato de personagens a terem presença de cena só pertencer ao Dick Vigarista, o seu ajudante Muttley e Penélope Charmosa -que devido a essa série acabou ganhando a sua própria, “As Aventuras de Penélope”, inferior ao desenho que deu origem a ela, justamente por se focar em uma patricinha.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Os Comancheros (The Comancheros)




Os Comancheros é uma produção marcada de certa forma por ter sido o último filme do Húngaro Michael Curtiz, que tem como filme mais conhecido Casablanca (1942). É um filme que consegue distrair graças também ao formato CinemaScope que proporciona que as tonalidades de cores fiquem mais fortes. A história é interessante porque possui uma camada de Plots que mesmo que alguns enredos secundários sejam irregulares ainda é atraente. Acho que Jake Cutter ( John Wayne) por mais que não esteja na lista dos melhores personas que o Duke já encarnou no cinema, já que seu caráter sempre fica de forma questionável como por exemplo: quando ele mata seu colega, no salão de jogos por outro lado ele sempre demonstra paixão e melancolia quando fala na sua falecida mulher. Contudo era necessário ter havido um monólogo para falar sobre essa parte secundária já que o Jake Cutter teria ganhado uma linha complementar na história.

Stuar Whitman por outro lado acaba se tornando o verdadeiro protagonista da história. Paul Regret (Whitman) e Jake Cutter começam como antagonistas e terminam relativamente amigos a medida que as situações vão se desmoronando. Pilar (Ina Balin), é quem dá o suprimento necessário para que o filme tenha vida. A atriz que no inicio da carreira parecia que se tornaria uma estrela de cinema, não chegou a ser a próxima Sophia Loren morrendo precocemente com apenas 52 anos e deixando 3 meninas vietnamitas que ela havia adotado. Pilar é interessante por ser a filha do chefe dos bandidos, sua relação com seu pai é um dos melhores momentos da película, só que era necessário mais cenas dos dois juntos. Quando ela o perde saem poucas palavras de sua boca, o que poderia ter acasalado um momento dramático melhor. Outro problema seria explicar melhor as diferenças entre um índio pacifico e os comancheros que apenas fazem referência de forma sutil a isso. Não sei qual foi o momento exato que John Wayne assumiu a direção naquela época, ele tinha recém dirigido seu projeto dos sonho “The Álamo” (1960) e aqui as cenas de ação são bem coordenadas com vários cavalos se derrapando e um ótimo ângulo em que vemos uma janela com os índios se aproximando. Contudo o clímax, apesar de bem feito na parte técnica, acaba tendo soluções rápidas demais. Não custava nada o roteiro de James Edward Grant e Clair Huffaker (no qual escreveu livros de faroestes) poderiam ter dado uma despedida melhor a Paul Regret e Jake Cutter já que essa dupla passou o filme todo juntos. E a relação de Pilar e Paul Regret, se casaram ? Tiveram filhos? Era importante saber já que a espinha dorsal da película era o romance entre os dois. Um desfecho melhor poderia ter sido feito.

terça-feira, 23 de abril de 2013

As Aventuras de Tio Maneco





“Aventuras com Tio Maneco” é um filme razoável do cinema Brasileiro. A intenção é boa, só que sofre de problemas de má escolhas artísticas e um provável orçamento limitado impedindo do projeto ter sido melhor revigorado. Começando de maneira interessante,o roteiro de Flávio Migliaccio (que também é o diretor do filme), tenta deixar claro as dificuldades que é ser ter filhos, com a trupe de filhos sempre dando trabalho aos pais.

Na realidade a grande “ameaça” que o filme tem é um robô alienígena, que por sinal muito bem feito pela direção de arte. Só que de maneira intencional, ou não, a máquina acaba virando uma espécie de gracejo bobo para o filme. Eles acabam enfrentando muitas dificuldades piores em boa parte da projeção que se passa na selva, como contrabandista se índios. A cena da cachoeira é uma ótima estratégia para emanar o perigo que os personagens estão passando e disseminar isso para o público, só que nós nunca vemos de maneira apropriada eles encostando perto desse perigo, ficando apenas em arquivos de imagens a imagem da cachoeira e eles num barco tentando se safar do perigo.

Por outro lado, os pais dos garotas de classe média carioca poderiam ter tido mais cenas no decorrer do filme, já que tem mais carisma para proporcionar do que três atores mirins com pouco empenho para dramaticidade. O terceiro ato da película foi uma péssima ideia tomada pelos realizadores porque ao invés de vermos uma realidade autêntica acaba indo para o universo de “Mary Poppins” onde por mas que aquela realidade tenha entrado de maneira orgânica no filme de Robert Stevenson, aqui esse incremento não flui com o mesmo resultado.

“As aventuras com Tio Maneco” é um filme divertido , embora com muitos erros tentando pegar encalço no sucesso dos “Trapalhões”. Pode muito bem ganhar uma refilmagem com novas interpretações e incrementos na história.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

John Wayne




John Wayne foi um dos maiores ícones do Western (se não o maior) com uma filmografia contendo quase 200 filmes. Seu modo de enxergar a produção de um filme era basicamente assim: se você tem uma história , tem um filme. Nascido no dia 26 de Maio de 1907, em uma cidade do interior chamada Winterset com apenas 5 mil habitantes, pode-se dizer que a atração turística do lugar se concentra muito no Duke, como a casa em que ele nasceu e tudo mais.

Não chegou a ser bem visto em alguns momentos da sua vida como seu apoio a Richard Nixon e a guerra do Vietnã. Fora isso também deletou vários colegas para o comitê de atividades antiamericanas que tinha como principal objetivo caçar comunistas, razão pela qual levou Charles Chaplin a ser expulso dos Estados Unidos só voltando a pisar no país em 1972 para receber um Oscar honorário como pedido de desculpas. Wayne era um grande nepotista sempre gostava de empregar seus filhos Michael Wayne e Patrick Wayne em suas produções (o primeiro já falecido). Contudo sentia uma grande paixão pelo que fazia quando tinha recém-lançado sua produtora: Batjac Productions. Tinha um projeto em mãos que nutria grande admiração e orgulho por produzir “Um Fio de Esperança”, só que o elenco já formado e seu protagonista Spencer Tracy recusando de última hora Wayne, acabou assumindo o papel do piloto de avião Dan Roman.

Mesmo formando Batjac, que iria dar autonomia para fazer o projeto que bem quisesse, não deixava de ser humilde sempre tratando a equipe de produção de maneira igual. Em 1964 descobriu que estava com câncer, mas mesmo assim não parou de trabalhar. Em 1970 ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de melhor ator por sua performance em True Grit. No ano de 1975 já tava fisicamente abatido. “O Último Pistoleiro” foi seu último filme, na pré-produção estava tão doente que os produtores o queriam ter no filme mais optaram por George C Scott só que o Duke acabou aceitando. Ele chegou a faltar em alguns dias de gravação devido ao câncer e sua luta contra a doença já entrava no ápice. Quatro anos depois no dia 11 de junho de 1979 ele perderia a luta. Será eternamente lembrando como o maior cowboy da história do cinema.


      

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ama-me com Ternura (Love Me Tender)

  

'Ama-me com Ternura' foi o primeiro filme da carreira de Elvis Presley. A história começa na guerra civil americana e logo nos conhecemos Vance Reno, que a principio é uma espécie de mal caráter com boa índole já bastante mostrado no decorrer da história da sétima arte. Pessoas que fazem coisas indevidas só que ainda ganham a simpatia do telespectador. É um filme de camada simples, com apenas vinte minutos já temos todos os problemas que serão trabalhados no decorrer da narrativa. As filmagens duraram do dia 23 de agosto de 1956 ao dia 8 de outubro.

Acredito que alguns momentos poderiam ter sido melhor abrangidos pelo roteiro de Robert Buckner. A relação de Cathy (Debra Paget) com Vance poderia ter sido mostrada em flashback, antes do seu envolvimento da guerra civil, apenas para quando Vance teria avistado Cathy com outro, Clint (Elvis Presley). O telespectador já sentir uma certa empatia do relacionamento amoroso de Cathy e Vance. O fato de Vance comprar utensílios através de dinheiro sujo é boa ideia de escopo de história. A família o questiona como ele conseguiu comprar tantos presentes para eles e imediatamente somos interrompidos por uma música de Elvis Presley, o que atrapalhou um momento que poderia ter sido mais eficiente. Por falar em Elvis Presley, pelo menos na produção de Estrela de Fogo ia ser um Western com vários musicais (mais precisamente quatro), só que a preocupação em se estabelecer como um ator sério acabou coibindo essa ação dos produtores e o filme acabou se tornando um belo Western. Com direção de Don Siegel o último diretor a dirigir o lendário John Wayne.

Voltando a falar em 'Ama-me com Ternura' é interessante ver Elvis com apenas 21 anos já demonstrando um forte talento como ator. Encenando de forma convincente todos as reações do personagem de forma visceral. Debra Paget não tem muito a oferecer a não ser sua beleza, e ficamos confusos em saber quem Cathy ama de verdade. Tem também Martha Reno (Mildred Dunnock) onde é desperdiçada pela trama tem pouquíssimos diálogos e desperdiça alguns momentos interessantes que o roteiro poderia ter abordado de maneira mais coesa, como Vance e Martha, discutindo moralidade já que Vance carece disso.