Os Comancheros é uma
produção marcada de certa forma por ter sido o último filme do Húngaro Michael
Curtiz, que tem como filme mais conhecido Casablanca (1942). É um filme que
consegue distrair graças também ao formato CinemaScope que
proporciona que as tonalidades de
cores fiquem mais fortes. A história é interessante porque possui uma camada de Plots que
mesmo que alguns enredos secundários sejam irregulares ainda é atraente. Acho que
Jake Cutter ( John Wayne) por mais que não esteja na lista dos
melhores personas que o Duke já encarnou no cinema, já que seu
caráter sempre fica de forma questionável como por exemplo:
quando ele mata seu colega, no salão de jogos por outro lado ele
sempre demonstra paixão e
melancolia quando fala na sua falecida mulher. Contudo era
necessário ter havido um monólogo
para falar sobre essa parte secundária já que o Jake Cutter teria
ganhado uma linha complementar
na história.
Stuar Whitman por outro
lado acaba se tornando o verdadeiro protagonista da história. Paul Regret (Whitman) e
Jake Cutter começam como antagonistas e terminam relativamente amigos a medida que as
situações vão se desmoronando. Pilar (Ina Balin), é quem dá o suprimento necessário
para que o filme tenha vida. A atriz que no inicio da carreira
parecia que se tornaria uma
estrela de cinema, não chegou a ser a próxima Sophia Loren morrendo precocemente com apenas
52 anos e deixando 3 meninas vietnamitas que ela havia adotado. Pilar é interessante
por ser a filha do chefe dos bandidos, sua relação com seu pai é
um dos melhores momentos da
película, só que era necessário mais cenas dos dois juntos.
Quando ela o perde saem poucas
palavras de sua boca, o que poderia ter acasalado um momento
dramático melhor. Outro problema
seria explicar melhor as diferenças entre um índio pacifico e os comancheros que apenas
fazem referência de forma sutil a isso. Não sei qual foi o momento exato que John Wayne
assumiu a direção naquela época, ele tinha recém dirigido seu
projeto dos sonho “The Álamo”
(1960) e aqui as cenas de ação são bem coordenadas com vários cavalos se derrapando e
um ótimo ângulo em que vemos uma janela com os índios se
aproximando. Contudo o clímax,
apesar de bem feito na parte técnica, acaba tendo soluções rápidas
demais. Não custava nada o
roteiro de James Edward Grant e Clair Huffaker (no qual escreveu
livros de faroestes) poderiam
ter dado uma despedida melhor a Paul Regret e Jake Cutter já que essa dupla passou o
filme todo juntos. E a relação de Pilar e Paul Regret, se casaram ? Tiveram filhos? Era
importante saber já que a espinha dorsal da película era o romance entre os dois. Um
desfecho melhor poderia ter sido feito.
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