“Aventuras com Tio
Maneco” é um filme razoável do cinema Brasileiro. A intenção é boa, só que sofre de
problemas de má escolhas artísticas e um provável orçamento
limitado impedindo do projeto
ter sido melhor revigorado. Começando de maneira interessante,o roteiro de Flávio
Migliaccio (que também é o diretor do filme), tenta deixar claro as dificuldades que é ser
ter filhos, com a trupe de filhos sempre dando trabalho aos pais.
Na realidade a grande
“ameaça” que o filme tem é um robô alienígena, que por sinal muito bem feito pela
direção de arte. Só que de maneira intencional, ou não, a máquina acaba virando uma
espécie de gracejo bobo para o filme. Eles acabam enfrentando muitas dificuldades piores em
boa parte da projeção que se passa na selva, como contrabandista se índios. A cena da
cachoeira é uma ótima estratégia para emanar o perigo que os
personagens estão passando e
disseminar isso para o público, só que nós nunca vemos de maneira
apropriada eles encostando perto
desse perigo, ficando apenas em arquivos de imagens a imagem da
cachoeira e eles num barco
tentando se safar do perigo.
Por outro lado, os pais
dos garotas de classe média carioca poderiam ter tido mais cenas no
decorrer do filme, já que tem mais carisma para proporcionar do que
três atores mirins com pouco empenho para
dramaticidade. O terceiro ato da película foi uma péssima ideia
tomada pelos realizadores
porque ao invés de vermos uma realidade autêntica acaba indo para o
universo de “Mary Poppins”
onde por mas que aquela realidade tenha entrado de maneira orgânica
no filme de Robert
Stevenson, aqui esse incremento não flui com o mesmo resultado.
“As aventuras com Tio
Maneco” é um filme divertido , embora com muitos erros tentando pegar encalço no
sucesso dos “Trapalhões”. Pode muito bem ganhar uma refilmagem
com novas interpretações
e incrementos na história.
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