Anthony Mann foi um
versátil e competente diretor em Hollywood. Dirigiu vários
Westerns famosos como “Winchester 73 “ e Épicos como “A queda
do Império Romano”. Também seria o responsável pela produção
de outro Épico ambientado na Grécia -“Spartacus,” produção
gravada em 1959 e na qual acabou sendo demitido pelo produtor e astro
Kirk Douglas. Este, deu a vez ao na época novato Stanley Kubrick,
que fez um trabalho belíssimo, repleto de cenas apreciáveis . Só
que antes desses acontecimentos, Mann faria a adaptação do livro de
Will C Brown, que aborda a vida de um pai de família que viaja em
um trem e no mesmo dia o trem é assaltado e ele ao lado de outras
pessoas conseguem fugir .
A história é
simplória, o que a torna atraente, chegando a figurar na lista do
livro 1001 filmes para ver antes de
morrer. Isso, se deve à parte técnica a sua mensagem. Quando Link Jones(Gary Cooper) caminha pouco tempo depois de ter presenciado o
ocorrido no trem, ele se depara com uma casa modesta que
abriga uma família de marginais na qual ele era integrado em sua juventude, antes de se redimir. A
partir dai as pequenas imperfeições dessa cultuada obra roteirizada
por Reginald Rose começam a
surgir. Não seria necessário para o personagem Link Jones se tornar
um ser mais complexo,
mostrar flash-back de seu passado de delitos ? Talvez essa decisão
criativa tenha sido tomada no intuito do telespectador sentir
simpatia e não antipatia por Link Jones. De qualquer forma, essa
decisão tomada pelo roteirista não contribui para aumentar as
virtudes da película.
Existe um certo
relacionamento afetivo entre Billie ( Julie London) e Link Jones. Só
que existe praticamente um único momento entre os dois juntos. Na
realidade era para ter mais momentos como esse, já que ele arrisca
sua vida por ela. Os minutos finais se tornam genéricos, em
compensação o terceiro ato dá um claro indício de que os dois
iriam ter casos extraconjugais.
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