Robocop 3 é o capitulo
mais inferior da trilogia iniciada em 1987, mas tem sua parcela de
acertos. Quando convergem na parte técnica, as cenas de ação são
extremamente caprichadas merecendo parabéns a toda equipe de
produção que se envolveu em fazê-las, só que o louvor fica só
nisso. Determinada em acabar com a criminalidade de Delta City, as
autoridades locais contratam um grupo de policiais que tem como
principal objetivo “limpar” a escória ou qualquer mendigo das
ruas da cidade. Temos ainda a introdução de uma nova personagem
chamada Nikko (Remy Ryan). Ela perde os seus pais no momento que os
policias tentam acabar com os criminosos ou qualquer pessoa que exiba
um traço de pobreza. Só que não existe progressão dramática
incutida. O fato de uma criança perder os seus pais logo cedo,
deveria despertar nela uma forte tristeza, só que esta menininha já
está altamente recuperada em questões de segundos, não
demonstrando nenhum lampejo de lágrimas.
Não existe subtramas
para a curta história. A maneira que foi encontrada para preencher
o tempo da fita foi uma quantidade alta de cenas de ação. No filme
de Paul Verhoeven existia essa quantia, mas contudo entrelaçava
com os momentos dramáticos da narrativa, aqui não se pode dizer o
mesmo, já que a morte da policial Anne Lewis (Nancy Lewis) é
extremamente mal feita em decorrência da má atuação da atriz.
Interessante observar que ela só aceitou participar do terceiro
capitulo se sua personagem morresse. Deve ter encarado seus poucos
dias de filmagens no set como se estivesse de férias, já que não
existe encenação dramática quando ela morre. A partir daí, o
objetivo de RoboCop durante toda a projeção é vingar a morte da
parceira como se não existisse outros problemas para se preocupar .
Devo elogiar o trabalho do britânico John Castle que talvez tenha
sido o único ator que levou a sério esse filme. Se McDaggett não deu tudo que podia oferecer, essa culpa se deve aos
roteiristas Frank Miller e o diretor Freed Nekker, não ao ator.
Por fim RoboCop 3 acaba sendo um estudo interessante para quem sonha
um dia fazer um filme de ação de baixo orçamento. Talvez o
roteiro não tenha ficado primoroso em motivo da pressa, pois
começou a ser rodado poucos meses depois do lançamento de RoboCop 2.
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